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Linguagista

Islão/islão, islamita/islamista

Só para nos enredarem

 

    «Políticos branquíssimos e britânicos de gema como Galloway, Livingstone e mesmo Corbyn são perigosos porque fomentam o radicalismo islamita, não procuram civilizá-lo» («Khan: a derrota de Le Pen e do politicamente correto», Henrique Raposo, Expresso Diário, 9.05.2016).

      Henrique Raposo, honra lhe seja, parece que não segue a distinção islamita/islamista. Parece, disse, porque quem defende essa distinção e afirma que «islamista» é o partidário do fundamentalismo islâmico decerto não escreve, por redundante, «radicalismo islamista». Ou será que escreve? E também não segue a distinção islão/Islão: «Estão ambas erradas, porque Khan não é um islamita, não anda à procura do “verdadeiro Islão”» (idem, ibidem). Para os que seguem esta distinção, não há «verdadeiro Islão», mas sim «verdadeiro islão». Parecem-me ambas, já o tenho dito, distinções desnecessárias. Sobretudo a primeira, pois que a segunda é semelhante a outras que defendo, como, por exemplo, história/História.

 

[Texto 6798]