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Linguagista

Léxico: «coasteering»

Ainda é pouco conhecido

 

      «O Coasteering divide-se em quatro níveis possíveis, resultantes das condições meteorológicas e do estado do mar. São eles Blue Line (águas e vento calmo), White Line (ondas de 1 a 2 metros, com “carneiros” e muita espuma), Red Line (ondulação superior a 2 metros, que obriga a nadar bastante) e Flat Line (percursos mais longos e com condições mais calmas)» («Os níveis do coasteering», Miguel Judas, «Evasões»/Diário de Notícias, 1.07.2016, p. 47).

   Mais um desporto — mas porquê a maiúscula? — sem nome em português (e que os nossos lexicógrafos ainda não descobriram). E tudo o que se propuser como alternativa parecerá ridículo, não é? Não se percebe é porque estão os carneiros embrulhados em aspas, quando já têm a lã. Alguém tem de dizer a Miguel Judas que não é preciso. Quer esteja a falar dos simpáticos mamíferos, da pessoa sem vontade própria (tem é de se ter cuidado, pois um dia ia sendo linchado), das pequenas ondas de crista espumosa (lá está!), de nuvenzinhas brancas, e qualquer outra acepção — não são necessárias aspas. Entendido?

 

[Texto 6933]

«Acusações que impendem»

Esperto que nem um doutor

 

      «“Indício da prática de crime de abuso de poder, denegação de justiça e exposição ao abandono” são, segundo o advogado daquela auxiliar de acção educativa, Gameiro Fernandes, as acusações que impedem sobre a juíza Helena Leitão e a procuradora Margarida Pereira da Silva, ambas do tribunal de Cascais. A juíza está igualmente a ser alvo de um processo de averiguações movido pelo Conselho Superior da Magistratura, para “ver se existe matéria disciplinar”» («Entrega de crianças a pai condenado: MP abre inquérito a magistradas», Natália Faria, Público, 3.07.2016, p. 60).

      Pode ser gralha, mas... Esperto que nem um alho (ou um pássaro, ou um rato, ou um coral, vá) é o outro e não apenas escreveu como depois defendeu «bramir o estandarte». Veja, Natália Faria: «Impõe-se ao historiador o maior cuidado na busca das responsabilidades que impendem sobre os estadistas da parte final da Monarquia» (História de Portugal: A Queda da Monarquia, 1890-1910, Joaquim Veríssimo Serrão. Lisboa: Editorial Verbo, p. 162).

 

[Texto 6932]