Objecto de estudo
«A chegada da polícia de trânsito e dos spotters indiciava que a chegada dos craques estava próxima. O relógio marcava 13h06 quando dois autocarros panorâmicos chegaram junto de uma massa humana ansiosa
por acenar aos novos campeões
da Europa» («Lisboa parou para saudar selecção “Nação Valente”», Diogo Cardoso Oliveira e Leonete Botelho, Público, 12.07.2016, p. 3).
Ultimamente, Nuno Pacheco, director adjunto do Público, escreve muito sobre o abuso de termos estrangeiros, e sobretudo ingleses. Toma por objecto da sua análise, a que não falta, sem dúvida, justeza, o próprio jornal para que trabalha. Neste caso concreto, o leitor médio não sabe o que significa a palavra. Nem uma pista lhe é dada. Pode dizer-se que a palavra é imprescindível? Vamos supor que sim. Ora, nem por isso devia ser usada sem ser explicada, como fazem, e bem, no Diário de Notícias: «Os seis elementos da PSP e dois da GNR que compõem a delegação portuguesa são “experientes na área do policiamento desportivo” e desempenham funções de spotters (agentes que acompanham os adeptos) em Portugal, disse, sublinhando que fazem também parte desta missão polícias especializados em matéria de informações na prevenção da violência associada ao desporto» («PSP e GNR com licença para atirar para proteger seleção em França»).
[Texto 6948]