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Linguagista

Ortografia: «brócolos»

Ouçam, não leiam

 

      «Lamentamos apenas que, entre o amor pela terra, pelo verde e pelas palavras, não saibam escrever “brócolos”» («Mão verde», Rita Pimenta, Público, 1.10.2016, p. 47).

      Pois é, parece que a Valentim de Carvalho, que editou este Mão Verde, livro-disco de Capicua, se esqueceu de contratar um revisor. (Mas «amor à terra, ao verde e às palavras» ainda é melhor, Rita Pimenta.)

 

[Texto 7131]

Ortografia: «quezilento»

Não liguem

 

     «Marcelo Rebelo de Sousa 
nunca foi um político de estilo conflituoso, e não havia de começar a sê-lo agora. Como a última década deixou evidente, a crispação “não faz pendant” com o fato de Presidente da República. Pelo contrário, é vista como uma nódoa. E como havia Marcelo
 de ser um chefe de Estado quesilento, quando não o foi
 nem quando liderou a oposição?» («A diferença patente», Álvaro Vieira, Público, 1.10.2016, p. 11).

      Podia ser, sim, mas não é, antes quezilento. Se vem de quezila... Termo curioso — sabiam que o étimo é um vocábulo do quimbundo? —, com a variante quezília, porventura a mais usada. Deslize imperdoável num jornalista, e sobretudo nos tempos que correm, com dicionários sempre à mão.

 

[Texto 7130]