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Linguagista

«Horário zero»

Ora, para quê?

 

      «Filinto Lima anui. Lembra que nos últimos anos tem existido um número crescente de professores com apenas seis horas semanais de aulas, o mínimo permitido, e até sem turmas para ensinar, os chamados “horários-zero”, algo que, adverte, “tem tendência para aumentar, sobretudo nas zonas rurais, devido à diminuição do número de alunos” que, no ano passado, se registou pela primeira vez em todos os níveis de ensino» («Mais de metade dos professores tem horário reduzido», Clara Viana, Público, 3.10.2016, p. 16).

      Gostava de perceber por que razão a jornalista, e não é, infelizmente, a única, une com hífen estas palavras.

 

[Texto 7134]

Sobre «camarlengo»

Agora em latim

 

      «“As ordens de sua eminência, que na ausência de sua santidade assume as funções de camarlengo e autoridade máxima na Santa Sé, vão no sentido de darmos total colaboração à Giudiziaria neste processo”, disse o gendarme» (Vaticanum, José Rodrigues dos Santos. Lisboa: Gradiva, 2016, p. 6).

      Não se sabe se é o tenente Rocco, o narrador ou o próprio autor que não sabe, mas o certo é que as funções do camarlengo são permanentes, pois é o cardeal que preside à Câmara Apostólica e, num interregno pontifício, por morte ou renúncia do papa, governa administrativamente a Igreja e convoca o Colégio dos Cardeais. Antigamente, a grafia em português era camaralengo; hoje em dia, usa-se tanto camarlengo como camerlengo. Na verdade, na Igreja Católica há dois camerlengos: o que preside à Câmara Apostólica, cargo neste momento desempenhado pelo cardeal francês Jean-Louis Tauran, nomeado pelo Papa Francisco no fim de 2014, e o cardeal, nomeado anualmente, que tem a seu cargo a administração dos bens do Sacro Colégio.

 

[Texto 7133]