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Linguagista

«Desfazer a barba»...

Os guerreiros da rotunda

 

      Ontem, só vi alguns segundos do Prós e Contras, o suficiente para ouvir Florêncio de Almeida, o incendiário presidente da ANTRAL, afirmar que estava sem dormir havia dois dias e que mais tarde só ia a casa para «tomar uma banhoca e desfazer a barba». Se conduzir tão bem táxis como fala português, é melhor irmos a pé. Ah, sim, e perguntem-me lá se prefiro os táxis à Uber que eu já lhes digo.

 

[Texto 7153]

Léxico: «recolher obrigatório»

Ah, pois

 

      Um dos suspeitos do tiroteio em Aguiar da Beira anda a monte, possivelmente na serra da Arada. Na Antena 1, um autarca, não sei se presidente da junta, se presidente da câmara, veio, todo açodado, dizer que o indivíduo era perigoso — não fosse dar-se o caso de os «populares» avaliarem mal a situação e o acolherem como fariam com Madre Teresa de Calcutá. E mais: afirmou, solene, que «o recolher é mesmo obrigatório» ali por aquelas aldeias. Ora, dito assim, ficamos cientes de que não é mesmo de recolher obrigatório que se trata. Os chuis As autoridades policiais podem decretar o recolher obrigatório? Entretanto, os jornalistas já ganharam o dia, pois puderam dizer, com sanha e denodo, que decorre uma «caça ao homem».

 

[Texto 7152]

Léxico: «fio do Norte»

Até hoje

 

      Desde pequeno que conheço este cordel, este fio, e até hoje ignorava o nome que se lhe dá. Usa-se para amarrar maços de cartas — os carteiros, dantes (?), usavam-no —, encomendas, embrulhos, etc. Chegado ao conhecimento desta designação, agora é fácil: agora já sei que também se lhe chama fio de vela, fio de sapateiro e corda Hemp. Numa drogaria, um cliente, já idoso, queria lembrar-se do nome, e foi uma pessoa muito mais nova que também estava ao balcão — caixeiro-viajante, soube depois — que lembrou o nome. Um novelo de 100 m por 1,48 €.

 

[Texto 7151]

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