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Linguagista

Senhoras soviéticas

Olá, soberbas criaturas

 

      «Bom, antes de entrarmos no tema do dia, eu queria pedir às senhoras soviéticas para pararem de me enviar e-mails para casamento, pois eu não acredito no amor» (Nuno Nogueira, no Mata-Bicho). Se conhecerem Bruno Nogueira (ou João Quadros), digam-lhe que já não há senhoras soviéticas. Ou será que há? Pois, aí está uma boa questão. Para serem senhoras soviéticas, têm de passar dos 25 anos, pois a União Soviética dissolveu-se ou desmoronou-se (nos meios académico e jornalístico, diz-se «colapsar»...) em 1991. Sim, é que pode haver criaturas — ele há malucos para tudo (bem sei que Portugal é o segundo país europeu com mais doentes mentais, e talvez a Federação Russa não seja o primeiro da Eurásia) — que, nascidas antes de 26 de Dezembro de 1991, queiram à viva força ser consideradas soviéticas. Não nos diz respeito, mas, se for necessário, rapidamente podemos pôr a indústria têxtil nacional a produzir e a exportar coletes-de-forças.

 

[Texto 7164]

A nossa querida televisão

Deus nos livre

 

      «‘Super Quiz’ é um programa de [sic] TVI na madrugada que serve para sacar dinheiro em telefonemas a noctívagos, em geral ignorantes. A apresentadora pede o nome dum animal com cinco letras e um diz “elefante”. Outra diz “jaguar”. A TVI ao serviço da cultura» («Os novos proletários da televisão», Eduardo Cintra Torres, «Sexta»/Correio da Manhã, 16.09.2016, p. 74).

      Não sabem ler nem escrever, não sabem contar — que sabem fazer? E com esta matéria-prima, que televisão se pode fazer?

 

[Texto 7163]