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Linguagista

Como se fala na televisão

Isto não é salutar

 

      O SOS 24, da TVI24, de quinta-feira foi sobre a detenção dos militares envolvidos na morte dos dois instruendos do curso de comandos. Em estúdio, duas opinadoras, uma delas «comentadora residente», a advogada Susana Garcia, que disse que o Código de Justiça Militar prevê «abusos de autoridade vocabulares». Hã? A outra comentadora era a deputada bloquista Isabel Pires, que também disse coisas estranhas, como isto: «É de salutar que de facto a investigação esteja a avançar.» Hã? Já não foi estranho, mas apenas lamentável, que a palavra «juiz» aparecesse três vezes mal escrita. 

 

[Texto 7255]

«Fregiano» e «quiniano»

Filósofos e adjectivos

 

      «O sufixo -ano», pergunta-me um leitor habitual do Linguagista, «no caso do filósofo Gottlob Frege (1848-1925), dá “freguiano” ou “fregueano”? ou será “fregiano” ou “fregeano” (pronunciando-se |g| e não |j|? E quanto ao filósofo Willard van O. Quine (1908-2000), dá “quiniano” ou “quineano”? E pronuncia-se |cuai|?»

     O adjectivo relativo a Frege é fregiano; o relativo a Quine, quiniano. Quanto à pronúncia, tem de haver um compromisso. Como pronunciamos «freudiano» ou «gaullista»? Está aqui a resposta.

 

[Texto 7254]