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Linguagista

Como se escreve por aí

Para o futuro

 

     Ontem, aos microfones da BBC4, o Príncipe Carlos alertou para o risco de um novo Holocausto. Na TSF, traduziram uma parte do discurso, e foi aqui que se deu um pequeno holocausto da gramática: «“Normalmente, no Natal pensamos no nascimento de Jesus Cristo. Creio que este ano devíamos lembrarmo-nos de como a história da Natividade se desenrola com a fuga da sagrada família para escapar a uma perseguição violenta. Também nos devemos lembrar que o profeta Maomé migrou de Meca para Medina, porque também estava à procura de liberdade para ele próprio e para os seus seguidores”, pediu Carlos» («Príncipe Carlos alerta para risco de um novo Holocausto», Bárbara Baldaia, TSF, 22.12.2016).

      Não é assim: soa mal e está errado. É assim: «Creio que este ano devíamos lembrar-nos de como a história da Natividade se desenrola com a fuga da sagrada família para escapar a uma perseguição violenta.»

 

[Texto 7348]

Léxico: «subpalco»

Está por baixo

 

      «O sucesso da primeira edição levou à segunda volta nos arrumos. Às três da tarde, quando as portas abriram, já havia várias pessoas à espera. Em grupo desceram as escadas, guiadas até ao subpalco do Teatro da Cerca de São Bernardo» («Do guarda-roupa aos adereços: o teatro está em saldos», Miguel Midões, TSF, 22.12.2016).

      Não está nos dicionários, mas percebe-se de imediato do que se trata: os espaços situados por baixo do palco e onde se encontram maquinaria e adereços. Tantas palavras fora dos dicionários...

 

[Texto 7347]