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Linguagista

Léxico: «baleia-de-bico-de-true»

Mais animais

 

   «A baleia-de-bico-de-true (Mesoplodon mirus) foi descrita cientificamente em 1913 pelo biólogo norte-americano Frederick W. True. Já lá vão mais de 100 anos, mas mesmo assim não tem sido fácil estudar estas baleias. Gostam das profundezas, vivendo cerca de 92% do tempo no fundo do mar. E quando se diz profundezas significa que aguentam até duas horas a três quilómetros profundidade. Pertencem à família Ziphiidae, que tem 22 espécies de baleias-de-bico» («Filmada debaixo de água pela primeira vez, nos Açores», Teresa Serafim, Público, 9.03.2017, p. 32).

    As baleias-de-bico-de-true estão mesmo a pedir que, do mar, as ponham nos dicionários. Vamos ver se têm sorte. Para não deixarem sozinhas a baleia-branca, a baleia-cantora, a baleia-corcunda, a baleia-de-bossa(s), também conhecida por baleia-preta ou baleia-jubarte (temos de conhecer o nome que lhe dão no Brasil, pois claro), todas no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora.

 

[Texto 7545]

Léxico: «crocodilomorfo»

Para juntar a «arcossauro»

 

      «“Temos cascas e ovos completos de crocodilos mais antigos do mundo”, afirmou à agência Lusa João Russo, um dos quatro autores do estudo “o registo mais antigo de ovos de ‘crocodilomorfo’”, um grupo primitivo de répteis, do Jurássico Superior, de que são descendentes os atuais crocodilos» («Paleontólogos descobrem na Lourinhã os ovos de crocodilo mais antigos do mundo», TSF, 8.03.2017, 19h24).

      Antes crocodilomorfos do que Crocodylomorpha, e por isso deve ir para os dicionários. Por exemplo, o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora regista arcossauro; ora, os crocodilomorfos constituem um grupo de arcossauros no qual se incluem os crocodilos e seus parentes extintos.

 

[Texto 7544]