Léxico: «mono-, bi-, tri- e tetracilíndrico»
Só «monocilíndrico»?
A última vez que li a palavra tricilíndrico foi... hoje: «E é por isso que a SIVA aposta no motor tricilíndrico 1.0 de 110cv estreado no Polo, tendo criado para o Golf um subnível Trendline Pack, visando clientes particulares, que, já com um certo nível de equipamento, tem um preço de campanha de 22.900€ (preço-base, 24.529€), sendo o Golf mais acessível» («Volkswagen Golf 2017. Mais equipamento e aposta na gasolina», João Palma, «Fugas»/Público, 25.03.2017, p. 29). Sim, agora vejo-a de quando em quando. Devia, por isso, ir para os dicionários? Não sei, mas acho um pouco estranho que no Dicionário de Italiano-Português da Porto Editora a bicilindro façam corresponder apenas «de dois cilindros», porque podiam perfeitamente traduzir por bicilíndrico, que li pela última vez também no Público, a 25 de Janeiro, a propósito da espantosa BMW nineT Scrambler. Os argumentos decisivos para dicionarizar estes adjectivos são, então, usarem-se e aquele dicionário registar já monocilíndrico. Faltam, pois, bicilíndrico, tricilíndrico e tetracilíndrico.
[Texto 7625]