Apóstrofo/apóstrofe
Apóstrofo, senhores, apóstrofo
«Um auto-intitulado “vigilante linguístico” percorre as ruas de Bristol, em Inglaterra, durante a noite para corrigir os letreiros das lojas. O erro gramatical mais frequente da cidade é a colocação de apóstrofes. […] Considerado o “Banksy da pontuação”, o primeiro letreiro que corrigiu foi num edifício estatal que tinha, desnecessariamente, duas apóstrofes colocadas. O método de correcção é a colocação de adesivos por cima dos erros. […] Durante o dia, o zelador da língua de William Shakespeare trabalha como engenheiro e dedica-se à família» («Há um vigilante da gramática à solta nas ruas», Rádio Renascença, 5.04.2017, 20h21).
Está certo: apóstrofe é do género feminino. Está errado: o sinal gráfico chama-se apóstrofo. Há séculos, desde sempre, não é assim desde 1990. Como é que o Banksy da pontuação ia resolver isto? Com autocolantes em milhares de ecrãs de computadores não dava. Claro que sabemos: em inglês, apostrophe designa tanto o sinal gráfico como o recurso estilístico.
[Texto 7679]