Sempre nos compreenderemos
«O Óquei de Barcelos está na final da Taça CERS em hóquei em patins, depois de vencer os italianos do Sarzana por 3-1, na meia-final, em Viareggio, Itália» («Hóquei em patins. Óquei de Barcelos na final da Taça CERS», Rádio Renascença, 30.04.2017, 00h05).
Curioso, este caso, o clube Óquei de Barcelos, que pratica, não óquei, mas hóquei. Temos outros casos, é verdade, mas não dentro do mesmo país: nós escrevemos andebol e, no Brasil, escrevem handebol, por exemplo. E, contudo, quem prefere «hóquei» também devia preferir «handebol», ou não? Mas não se procure lógica na língua. Mais estranho, para nós, é que no Brasil, ao que parece de forma maioritária, se aspire o h medial e até o h inicial em muitos vocábulos. No VOLP da Academia Brasileira de Letras, isso até já está assinalado com a indicação «(barra)». Pesquisem, por exemplo, as palavras «bahamiano» e «bahaísmo». E não devia, ocorre-me agora, «saheliano» ter a mesma indicação? Não tem. E não regista «jihadista», por exemplo. Não somos donos da língua, eles que divirjam à vontade. Continuemos nós a escrever jiadista, jiadismo, baamiano, etc.
[Texto 7764]