O azar dos Távoras
No programa Visita Guiada, Paula Moura Pinheiro, agora com o cabelo mais domado, para alívio dos nossos nervos, levou-nos ao Museu Nacional dos Coches (MNC), instalado em novo edifício. «Foi num carro destes», disse, apontando para uma carruagem, «que o rei D. José sofreu [em 3 de Setembro de 1758] o atentado que viria depois a servir de argumento para o processo dos Távora.» Lamentável, tanto mais que, no caso, habitualmente até se vê o apelido pluralizado — como todos o devem ser. Aqui há uns anos, passou na RTP uma minissérie, da autoria de Francisco Moita Flores, com o título O Processo dos Távoras. E também não faltam obras com o mesmo título. A meu ver, até devia dicionarizar-se a expressão azar dos Távoras.
[Texto 7952]