Mais um esforço
«A doença chama-se epidermólise bolhosa juncional (EBJ), não tem cura e, segundo as estatísticas, mais de 40% das pessoas que sofrem deste problema morrem antes da adolescência. Há quem lhes chame “crianças-borboleta”, comparando a fragilidade da sua pele com a das asas de uma borboleta. [...] Destas células da pele, os cientistas fizeram culturas de queratinócitos, células que formam as cinco camadas da epiderme, e que foram geneticamente modificados com um vírus que introduziu uma versão “normal” do gene LAMB3. [...] E assim percebeu-se que a epiderme humana é essencialmente sustentada por um número limitado de células de vida longa, proliferativas e que contêm células estaminais (os holoclones), que são capazes de se auto-renovar e que podem produzir progenitores que reabastecem as outras células diferenciadas desta camada superficial da pele. Apesar de o enxerto incluir outro tipos de colónias de células (paraclones e meroclones), passado quatro meses estas colónias já não estavam presentes e no final de oito meses apenas os holoclones se mantinham na epiderme» («Cientistas criaram uma nova pele que salvou criança com doença genética incurável», Andrea Cunha Freitas, Público, 9.11.2017, pp. 26-27).
Não são doenças para toda a gente: na Infopédia só a encontramos no Dicionário de Termos Médicos. De juncional, que encontramos no Aulete, por exemplo, nem rasto, nem de queratinócito, holoclone, paraclone nem meroclone. Para piorar as coisas, «queratinócito» é usado em artigos de apoio da Infopédia. Sem palavras, não há ciência.
[Texto 8315]