Interessa pois
«O Farol-Capela de São Miguel-o-Anjo foi construído por volta de 1528, por iniciativa e a expensas de Miguel da Silva, embaixador do rei junto do Papa, bispo de Viseu e abade comendatário do Mosteiro de Santo Tirso. Trata-se de uma peça de arquitetura marítima de valor singular no panorama patrimonial, tendo sido o primeiro farol construído de raiz em território nacional. Classificado no ano de 1951 como Imóvel de Interesse Público, o farol encontra-se fechado e em muito mau estado de conservação devido à salinidade do ar; ao desgaste natural de quase 500 anos de vida; às mutilações provocadas pelo encosto dos outros edifícios; e por usos espúrios, argumenta a DRCN» («Restauro de farol histórico avança», Destak, 16.11.2017, p. 2).
Lá está o cognome naquela outra grafia possível, com hífenes, São Miguel-o-Anjo. Quero, todavia, deter-me noutra questão: a definição de abade comendatário. Ao consultarmos o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, não ficamos totalmente esclarecidos. Já com a leitura da entrada «abade» na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, ficamos esclarecidíssimos. Imite-se o que está bem, e seremos perdoados e até louvados.
[Texto 8348]