Como se escreve por aí
Até amanhã
«Duas valas comuns, com 140 cadáveres de civis, alegadamente mortos pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI), foram descobertas na comarca de Sinyar, no noroeste do Iraque, revelaram este sábado as forças iraquianas» («Iraque. Descobertas duas valas comuns com mais de 100 corpos», Rádio Renascença, 30.11.2017, 19h23).
Mas são mesmo jornalistas que escrevem isto? Hum... Agora os seguranças são polivalentes, põem os caixotes do lixo à porta, ajudam a dominar uma pessoa mais violenta, preenchem papelada, não terá algum escrito esta notícia? Bem, o problema é propriamente de tradução. Claro, e de domínio do português. Desde quando é que, numa notícia assim, se usa o termo «comarca»? E em todo o lado leio que a cidade se chama Sinjar ou Shingal. Mais à frente, que não cito no excerto, já se fala, não em valas comuns, mas em fossas. É como calha, afinal, a maioria das pessoas já está na cama a esta hora.
[Texto 8426]