Não é razão
«“A mosca da fruta tem as mesmas possibilidades que o ser humano; pode escolher especificamente a comida que precisa”, explica Carlos Ribeiro [investigador da Fundação Champalimaud], “analisámos como é que o animal escolhe proteínas. Quando faltam as proteínas à mosca da fruta, isso muda a perceção do sabor que a mosca tem da comida. Quer dizer que a comida que tem proteínas sabe muito melhor que a que não tem”» («A mosca da fruta sabe o que quer, escolhe o que come, usa os neurónios», TSF, 5.02.2018, 7h48).
Aqui e ali, lê-se que já não se dá o nome mosca-da-fruta a esta drosófila (Drosophila melanogaster), mas, como se vê, não é bem assim. No entanto, que assim seja, ou que assim fosse, está mal que o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora não registe o vocábulo mosca-da-fruta, mas apenas um sinónimo, mosca-do-vinagre. Tão errado como eliminar o vocábulo «dinossauro» porque já não existem dinossauros.
[Texto 8696]