Léxico: «xarroco»
Investiguemos
«Um peixe fêmea Caulophryne jordani, da ordem dos Lophiiformes (a mesma do tamboril), foi pela primeira vez filmado em processo de acasalamento pela fundação Rebikoff-Niggeler, a cerca de 800 metros de profundidade. Estes peixes conhecidos como xarrocos acasalam através do chamado parasitismo sexual» («Imagens inéditas captadas ao largo dos Açores impressionam biólogos», Carolina Rico, TSF, 26.03.2018, 11h00).
Xarroco, que tudo me leva a crer que se trata da mesma espécie, até está no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora – «peixe teleósteo da família dos Cotídeos, que aparece na costa marítima portuguesa, também denominado enxarroco, peixe-sapo, peixe-diabo, sarronca, etc.» –, mas falta o nome científico, que é, como está no artigo e confirmei, Caulophryne jordani. Ora, também pesquisei e o Caulophryne jordani pertence à família dos caulofrinídeos, e não dos cotídeos, como o dicionário indica. Anote-se, também, que o dicionário da Porto Editora não regista o termo caulofrinídeo. Como não regista calionimídeo, nem caproídeo, caristiídeo ou cauliodontídeo; tão-pouco, essa é a verdade, caunacídeo, centracantídeo ou centrolofídeo; não encontrarão nele ceratiídeo, cetorrinídeo, ciclopterídeo ou ciemídeo; como também não acolhe cinoglossídeo, cloroftalmídeo, congrídeo... Bem, acho que já perceberam. Até amanhã.
[Texto 8972]