«Ter que ver», de novo
Sonoridade e ritmo nas frases...
«Para ele a resistência da sociedade portuguesa tem que ver com a religião, que influencia a visão das pessoas sobre estas questões, sobre a ideia da morte, que dividem a sociedade e são quase como um pró e contra» («De uma moção em 2009 a quatro projetos no Parlamento», Ana Mafalda Inácio, Diário de Notícias, 29.05.2018, p. 6).
Quer dizer, uma jornalista tem o cuidado — e o conhecimento — para escrever assim, ao passo que um tradutor me mandou um recado: «No que diz respeito ao “ter que”, também foi uma insistência do tradutor manter o “ter a” nas duas ocorrências. Isto foi discutido e ele argumentou que preferia o “ter a” por uma questão de sonoridade e ritmo nas frases.» Se fico em paz com esta decisão? Tirei-lhe erros bem, mas bem piores — é com isto que fico em paz.
[Texto 9300]