Léxico: «golpe»
Não pode ser
«Ora, no recém-publicado “Portugal Lambareiro”, de Guilherme Felgueiras [Lisboa: Círculo de Leitores], os ingredientes da receita são: 100 g de manteiga, 300 g de açúcar, 6 ovos, 260 g de farinha de arroz (hélas!), 100 g de farinha de trigo, vagem de baunilha, casca de limão e um ‘golpe’ de aguardente. Ou seja, a farinha de arroz é central da receita — elementar! Para os que quiserem experimentar a receita, o método de execução contido no livro é elucidativo» («A união dos “átonos”», Fortunato da Câmara, «Revista E»/Expresso, n.º 2383, 30.06.2018).
Quê, estão a falar a sério? O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora não acolhe esta acepção de golpe? Não deve haver cozinheiro em Portugal inteiro que a não conheça. (Fortunato da Câmara, não gaste tantas aspas.)
[Texto 9531]