Falemos dos drusos
«São um ramo minoritário do já minoritário xiismo, e o mais liberal» («Milionário e líder religioso, quem é o príncipe Aga Khan, o homem que os ismaelitas seguem?», Lina Santos, Diário de Notícias, 6.07.2018, 16h52).
Então, o que se pode dizer dos drusos, que se separaram dos ismaelitas? Para Cândido de Figueiredo: «Drusos, m. pl. Seita religiosa, originária do Líbano, e em cuja moral o ignorante é destinado aos mesmos castigos que o criminoso.» No Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora: «ETNOGRAFIA povo da Ásia Menor, vizinho da Síria». No Aulete: «1. Hist. Ref. ou pertencente à seita maometana extremista, fundada no Líbano no sec. XI; 2. Seguidor dessa seita». No Sacconi: «druso adj. e s. m. (o) Que ou aquele que é seguidor de uma seita islâmica do Líbano e da Síria, caracterizada pelo monoteísmo e pela crença de que al-Hakim (985-1021), califa ismaelita, é a encarnação de Deus. ⁜ Os drusos têm suas próprias estruturas e formam uma comunidade fechada. A maior parte de sua doutrina constitui segredo. Massacraram os cristãos, no séc. XIX, e lutaram contra o controle francês da Síria e do Líbano, entre 1925 e 1926, tendo considerável influência na implantação da república no Líbano. || Deriva de nome próprio: Ismaili al-Darazi, fundador da seita, morto em 1019.» José Pedro Machado, no Grande Dicionário da Língua Portuguesa: «Druso, adj. Relativo ou pertencente aos Drusos. || S. m. Indivíduo desta nação. || No pl. Povo da Ásia Menor, junto da Síria. || Seita religiosa originária do Líbano, e em cuja moral o ignorante é destinado aos mesmos castigos que o criminoso.» Creio que é suficiente, os lexicógrafos ficam aqui com material suficiente para reflexão.
[Texto 9578]