Pelo menos da mesma extensão
«Timbila Muzimba é uma orquestra de Timbilas, instrumento da família do xilofone, que junta instrumentos e sons tradicionais com instrumentos e sons contemporâneos de Moçambique» («A magia das Timbilas promete enfeitiçar Amarante», Miguel Fernandes, TSF, 17.07.2018, 17h31).
Por qualquer motivo, que eu até prefiro não conhecer, o jornalista acha que tem de escrever o nome de um instrumento musical com maiúscula inicial. Timbila, então. Está no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, pois está, mas a definição é paupérrima: «Moçambique marimba; xilofone». Não queria, evidentemente, que tivesse a definição enciclopédica que encontramos num texto de apoio da Infopédia, nem que se referisse que antigamente se usava madeira de muhesse (vocábulo que aquele dicionário ignora), depois substituída por muenge ou mwenje (que aquele dicionário não regista, mas acolhe o moçambicanismo mwene), ou que os ressoadores (acepção que aquele dicionário ignora) são fechados com cera para não vibrarem tanto. Não, não queria tanto. Queria que a definição de timbila tivesse pelo menos a extensão e riqueza informativa da definição de dimbila, uma variação daquele instrumento.
[Texto 9644]