Quase nada se fica a saber
«O maduro, além da pesca no mar, tinha ainda que fazer o tratamento do peixe, que era dividido pelo troteiro, o parte-cabeças, o escalador, e o salgador, sendo estes dois últimos recompensados com um ordenado extra por o seu trabalho ser mais especializado e ainda, no caso do escalador, mais perigoso, visto que estava encarregado de retirar a espinha do bacalhau com uma faca extremamente afiada» (As Carreiras, Armando Moreno. s/l: Edição SOPEM, 1982, p. 344).
Falemos apenas de escalador. Se o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora o define meramente como «que ou aquele que escala», pouco, quase nada, se fica a saber. Afinal, tanto temos o escalador de montanhas, o que pratica escalada, como aquele a que se refere o excerto citado, o trabalhador que, a bordo de barcos de pesca, amanha, prepara o peixe.
[Texto 10 135]