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Linguagista

Ortografia: «açoriano»

Pior do que o nome inglês

 

       «O Taste Azores está de volta à Praça Central do Centro Colombo (Lisboa), entre 31 de outubro e 4 de novembro, apresentando 25 empresas representantes da melhor gastronomia açoreana» (Destak, 30.10.2018, p. 2). Não é a primeira vez — e não pode ser a última — que este erro passa por aqui. É açoriano, senhores jornalistas. Açoreana, só a companhia de seguros, mas os nomes próprios não obedecem às mesmas regras, e daí Guégués com dois acentos, Mello como dois ll, e por aí fora. Não entremos na discussão de que sufixo se trata, pois os próprios gramáticos não se entendem, com alguns a afirmarem que é o sufixo nominal -ano, e outros a jurarem que é -iano. ¯\_(ツ)_/¯

 

[Texto 10 220] 

Léxico: «cláusula barreira»

Preparemo-nos

 

      «O constitucionalista Jorge Miranda diz que a “cláusula-barreira” que estabelece que os votos não valem nada, [sic] abaixo de um determinado limite não fere a Constituição da República» («Jorge Miranda não é adepto de “cláusulas-barreira” que limitam a representação democrática», José Carlos Silva, Rádio Renascença, 29.10.2018, 19h00).

      Com hífen ou sem hífen (vejo-a mais sem hífen), deve ir para os dicionários, até porque já anda por aí há algum tempo. «O resultado não seria aproximar deputados dos cidadãos mas deixar sem deputados que os representem faixas importantes de eleitores e instituir na prática uma “cláusula-barreira” de cerca de três por cento no círculo nacional e muito mais do que isso nos pequenos círculos» (Sistema Eleitoral Português: Debate Político e Parlamentar, Manuel Braga da Cruz. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1998, p. 211).

 

[Texto 10 219]