Léxico: «madrassa/madraça»
A definição tem de ser igual
«As suas madrassas [de Qom] passaram a atrair fiéis de todo o Islão como centro de saber teológico» (Etna no Vendaval da Perestroika, Ana Catarina Almeida e Miguel Urbano Rodrigues. Porto: Campo das Letras, 2007, p. 279).
Podíamos discutir aqui qual a melhor ortografia, madrassa ou madraça. Podíamos, mas não o vamos fazer. Centremo-nos antes na forma esquizofrénica como são tratadas as variantes nos dicionários. O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora regista ambas, mas nenhuma sabe da outra, e, assim, também não o saberá o falante que consulte o dicionário. Madraça: «RELIGIÃO escola (não estatal), a cargo de membros da religião islâmica, onde o estudo se centra no Alcorão». Madrassa: «RELIGIÃO escola islâmica, onde o estudo se centra no Alcorão». Não me escapa, evidentemente, que, sobre esta última, o dicionário da Porto Editora regista que é termo da Guiné-Bissau e de Moçambique. Ainda que seja ou fosse assim (sim, duvido), nada justifica a diferença na definição.
[Texto 10 253]