Terráqueos e velutinas
«Presente em Portugal desde 2011, a vespa velutina, também chamada vespa asiática, é uma espécie predadora, que mata as abelhas, distinguindo-se da vespa comum pela cor: as patas são amarelas e o corpo é mais escuro. No concelho de Leiria, são já 130 os ninhos de vespa velutina sinalizados e destruídos, desde o primeiro caso, em 2017. Para dar resposta ao número crescente de ocorrências, o Município criou uma equipa especializada no contexto da estrutura municipal de Proteção Civil, que envolve os bombeiros e o gabinete técnico florestal» («Bombeiros de Leiria já destruíram 130 ninhos de vespa asiática», Cláudio Garcia, TSF, 30.01.2019, 10h57).
O que me parece, e isto há muito, é que velutina já é empregado como nome comum, o que não é nada de invulgar, pois temos inúmeros casos de termos científicos que passaram pelo mesmo processo. Gostava de poder aduzir, para reforçar a minha argumentação, que até se vê sempre com minúscula, mas, evidentemente, só um marciano ficaria convencido, pois os terráqueos (com que então, dicionário da Porto Editora, é só adjectivo... Descopia já os outros dicionários!) sabem bem como se escreve na nossa imprensa. Também gostava que os nossos dicionários acrescentassem que a subespécie introduzida na Europa é a Vespa velutina nigrithorax.
[Texto 10 683]