Agora, um pouco de inglês
«Os conflitos entre aves e aviões são clássicos. Segundo dados revelados pela Autoridade Nacional da Aviação Civil, entre 2012 e 2016 foram reportados 1322 incidentes envolvendo aves, o que representa 22,4% do total de incidentes com aeronaves. Estes incidentes, designados de “bird strikes”, podem ir desde o avistamento de aves com perigo de colisão, a colisões propriamente ditas» («Um projeto que põe aviões a partilhar Estuário do Tejo e milhares de aves», Dina Soares, Rádio Renascença, 5.02.2019, 9h00).
Não se diz também — e em português — risco de fauna? Pois é, mas foi a locução inglesa que se impôs. No Brasil, porém, usa-se a expressão risco aviário. Só parecerá estranho às aves raras que não sabem que aviário, além de viveiro de aves, significa, como adjectivo, «relativo às aves». Já não iremos a tempo de mudar o que quer que seja na prática do dia-a-dia, excepto, talvez, nas traduções e mesmo na imprensa.
[Texto 10 720]