Estão desculpadas
«“Lésbicas de merda, sapatonas, fufas, vacas de merda, vacas do caralho.” Débora Pinheiro, de 21 anos, e Sara Casinha, de 28, pedem desculpa ao elencar os insultos de que foram alvo no domingo à tarde, naquilo que era suposto ser um passeio de namoradas recém-noivas pela Costa de Caparica e que acabou no posto da GNR, com uma queixa por agressão» («“Disse que não sabia se me havia de bater ou dar um beijo na boca”», Fernanda Câncio, Diário de Notícias, 19.02.2019, 15h48).
Ora essa, não têm de pedir desculpa — se foi o que o anormal disse, é repetir. (Talvez Fernanda Câncio queira pedir desculpa pelo «elencar» e o «recém-noivas», pequenos atentados.) Ó dicionário da Porto Editora, meu ingénuo, então sapatona é simplesmente o aumentativo feminino singular de «sapata»? Lembra-te do marciano, lembra-te das criancinhas, cresce. O que é engraçado é que não te esqueceste do brasileirismo sapatão para designar também a mulher homossexual machona. Melhor padrasto que pai...
[Texto 10 840]