Para a arca
«A ARCA, Associação Recreativa e Cultural da Açoreira[,] é quem prepara o evento ao pormenor. O dia começa com uma matança do porco que depois será consumido num almoço convívio. “A ementa é sempre a mesma”, diz Gabriel Teixeira[,] o presidente da ARCA. “Migas de sarrabulho, batatas de soventre e feijoada”, Com muito vinho à mistura que é preciso preparar o estômago para o que há de vir» («Adegas abertas e vinho para todos. Nesta aldeia oferece-se vinho e a população triplica», Afonso de Sousa, TSF, 25.02.2019, 10h52).
Sim, é o toucinho da barriga do porco, um regionalismo da Beira Baixa. Está no dicionário da Porto Editora, mas não como regionalismo. E, se está este, porque não está, formado da mesma maneira, sobessa, a parte inferior, relativamente a um lugar ou a um objecto, o lado de baixo? Dá-se a mesma fusão do b de sub, como no popular, que já ouvi muitas vezes, «soverter». Ora, aquele dicionário dá gasalho a este verbo, dando-o como mera variante de «subverter». Não pode ser. Não pode ser, vai enganar muitos falantes! Ah, e onde está sarolhento/sorolhento?
[Texto 10 877]