Léxico: «androcentrismo»
Não pode
«Elegeram Portugal devido à imagem criada através de informações de familiares, amigas/os e/ou conhecidas/os sobre as diferenças salariais, nível de vida, pela possibilidade de desempenharem funções indiferenciadas para as quais não necessitavam de dominar a língua portuguesa (Wall et al., 2005b) bem como de modo a romperem com normas sociais de género em que viviam, muito vincadas por um androcentrismo exasperado» (Cuidados de Saúde Materno-Infantis a Imigrantes na Região do Grande Porto: Percursos, Discursos e Práticas, Joana Topa: Lisboa: Alto Comissariado para as Migrações, 2016, p. 149).
Claro que, se entretanto casaram com portugueses, já mudaram de opinião quanto ao androcentrismo — isto no caso de não terem sido assassinadas. Surpreendente é o dicionário da Porto Editora não registar a palavra, quando outros o fazem. Enfim, não pode, com verdade, dizer #MeToo.
[Texto 10 962]