É judaica, como é camiliana
«A mansão da família dela na Elizabeth Avenue, onde o casal vivera, mesmo defronte do parque, desde o casamento, em 1907, abrigava um acervo de Judaica que, dizia-se, se contava entre as mais valiosas colecções particulares do mundo» (A Conspiração contra a América, Philip Roth. Tradução de Fernanda Pinto Rodrigues. Revisão de F. Baptista Coelho, Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2005, p. 47).
Vejamos: no original — inglês, recorde-se —, está «Judaica». Está explicado porque aparece grafado com maiúscula na tradução. Talvez tenham mais desculpa de o grafar em itálico. E ainda assim... Judaica, lê-se no Collins, significa «books or artefacts of Jewish interest, esp as a collection». É, em tudo, semelhante a militaria: «items of military interest, such as weapons, uniforms, medals, etc, esp from the past». Contudo, nenhum deles difere muito dos nossos camiliana e camoniana, por exemplo. Logo, é eminentemente apropriável por nós — e não haja dúvida que nos faz falta e já por aí circula.
[Texto 11 006]