Léxico: «sonoquímica» e mais dois
Aos três e quatro
«Um grupo de investigadores da Universidade de Artes de Berna (Bern University of the Arts), na Suíça, descobriu que as ondas sonoras podem afetar o sabor dos queijos. [...] Este efeito pode ser explicado pelo facto de o sabor e a formação do queijo resultarem da ação de bactérias, que podem ser influenciadas por fatores como a humidade, a temperatura, sons e ultrassons (frequência superior aos limites dos sons que o ouvido humano consegue detetar). [...] O trabalho da Universidade de Berna surge no âmbito de uma investigação mais abrangente sobre os efeitos de ondas sonoras em reações químicas, uma área científica denominada de [sic] “sonoquímica”. Depois dos testes cegos com degustadores profissionais de queijo, falta agora confirmar os resultados através de análises bioquímicas» («É apreciador de queijo? Experimente dar-lhe música», Rádio Renascença, 4.04.2019, 14h35).
Que colheita impressionante! O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora — e refiro-me sempre à versão sem o Acordo Ortográfico de 1990 — não regista nenhum. (Se bem que, é claro, se diz prova cega.)
[Texto 11 116]