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Linguagista

Léxico: «costela-de-adão»

Entre milhares

 

      «Não são cultivadas em estufas nem levam adubos químicos, como a maioria das plantas à venda (vindas sobretudo da Holanda). As palmeiras, os fetos arbóreos, os filodendros ou as costelas-de-adão da AzoresBotanic nascem no solo vulcânico da ilha do Faial, ao sabor do vento do Atlântico, alimentadas pela água das chuvas» («Natureza em casa», Florbela Alves et al., Visão, 14.03.2019, p. 99).

      Sim, Porto Editora, costelas-de-adão (Monstera deliciosa), são muito conhecidas.

 

[Texto 11 127]

Léxico: «manipulativo/manipulatório»

Há por aí um dicionário que

 

      «Os magistrados, em geral, manifestam a sua maior incredulidade quanto à possibilidade de existência de quaisquer critérios manipulatórios na não publicação dos acórdãos, mas a verdade é que ninguém consegue explicar de forma minimamente satisfatória quais são os critérios de publicação ou da não publicação» («Neto de Moura: uma vítima da transparência», Francisco Teixeira da Mota, Público, 15.03.2019, p. 9).

      És tu, Porto Editora: nem manipulatório nem manipulativo, e são vocábulos que se usam e fazem falta. Na verdade, não os encontramos em muitos dicionários.

 

[Texto 11 126]

Léxico: «partidocracia»

Partitocrazia

 

      «A progressiva transformação, em Portugal, da democracia em partidocracia não se pode dizer que tenha sido surpreendente. Era, talvez até, inevitável. Os regimes anteriores, com maior ou menor pendor democrático, sempre se caracterizaram por dois aspetos – predomínio de uma clique endogâmica em Lisboa (a Corte), fruto de um processo de seleção cooptado e não competitivo, e o caciquismo local. Seria, pois, difícil esperar que o regime atual, para mais já longevo, não refletisse essa realidade» («Democracia de qualidade», Nuno Garoupa, Público, 15.03.2019, p. 8).

      Com que então, Porto Editora, partidocracia só num bilingue... Emenda-te.

 

[Texto 11 125]

Léxico: «timbalão/bimembranofone»

Dá-me música

 

      Ó Porto Editora, onde encafuaste o bimembranofone de percussão que aparece em grande parte dos conjuntos das várias regiões de Portugal, nas rusgas, chulas, tocado por zés-pereiras e gaiteiros, e que dá pelo nome de timbalão? Onde encafuaste bimembranofone? «Ouvimos, então, os 23 minutos de Zone of resonant bodies. Um som misterioso reverberando no vazio, tarola e timbalão unidos à nota do baixo enquanto não chega a guitarra que evoluirá do eco subliminar ao lento fervilhar» («Três músicos, três produtores, um universo em expansão constante», Mário Lopes, «Ípsilon»/Público, 15.03.2019, pp. 12-13).

 

[Texto 11 123]