Léxico: «suíte»
Não posso acreditar
«Houve algum sinal de vida na suíte?» (Uma Verdade Incómoda, John le Carré. Tradução de J. Teixeira de Aguilar. Alfragide: Publicações Dom Quixote, 2013, p. 86). Esta grafia já se tornou, há muito, corriqueira, e encontramo-la quer em traduções quer em obras originais portuguesas. Ainda ontem, na rubrica Mundo Digital, na TSF, Rui Tukayana falava em «suíte de produtividade». Vamos agora ao dicionário da Porto Editora. Regista — ao menos isso — suíte, mas remete directamente para suite (onde vamos encontrar aquela acepção informática). Só isto? Não, o estrago é maior: em suíte assevera-nos que se trata de brasileirismo. Não posso acreditar!
[Texto 11 198]