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Linguagista

Léxico: «cabina»

Lá escapou mais uma

 

      «Os condutores olharam uns para os outros, encolheram os ombros, não tinham a certeza do que seria melhor responder nem a quem conviria mais a resposta, um deles puxou mesmo de um cigarro para tornar claro que se desligava do assunto, logo lembrou-se de que não podia fumar ali, então virou as costas e foi acolher-se à cabina do camião, longe dos acontecimentos» (A Caverna, José Saramago. Lisboa: Editorial Caminho, 2000, p. 23).

      Não vejo esta acepção de cabina nos nossos dicionários, que falam de compartimento de navio, de carruagem do comboio, da parte do avião destinada ao piloto e ao co-piloto ou aos passageiros, mas nada em relação ao camião.

 

[Texto 11 373]

Léxico: «ciberdelinquência | ciberdelinquente»

Mas eles negam

 

      Na edição de hoje do programa Um Dia no Mundo, na Antena 1, Francisco Sena Santos falou da falha de segurança na rede WhatsApp. «O grupo Facebook suspeita que os ciberdelinquentes que furaram as barreiras de segurança são um grupo privado israelita, NSO. Eles negam. [...] Peritos em segurança avisam que este tipo de ciberdelinquência tende a ser cada vez mais forte, cada vez mais sofisticada.»

 

[Texto 11 372]

Léxico: «manilha»

Assim, é inútil

 

      «Joaquim Gama e António Perico jogam à manilha com mais dois amigos numa das três mesas ocupadas. São os mais faladores, mas é Perico quem não se acanha nas críticas» («Em Bencatel, a jogar à manilha e a reclamar aumento da reforma», Maria Lopes, Público, 16.05.2019, p. 15).

      A definição de manilha no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora está reduzida ao osso: «(jogos de cartas) carta de baralho com o algarismo sete». Ao osso? Ao nada. À irrelevância. Bah!

 

[Texto 11 371]