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Linguagista

Léxico: «agro-negócio»

Vamos lá mudar isso

 

      «O Executivo angolano fez uma aposta forte no agro-negócio, não apenas com o intuito de tentar alcançar índices elevados de produção, mas também de permitir a modernização acelerada e o desenvolvimento da agricultura» (Relatório Económico de Angola 2012, Universidade Católica de Angola. Luanda: Texto Editores, 2017, p. 73).

      O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, e não é o único, não regista o termo agro-negócio, o que é um bom contributo para aparecer, como agora mesmo aconteceu num texto que estou a rever, mal escrito.

 

[Texto 11 377]

Léxico: «macronário | clado»

Sem palavras

 

      «O Oceanotitan dantasi é descrito como sendo um novo género e uma nova espécie de dinossauro saurópode no artigo “Um novo saurópode macronário do Jurássico Superior de Portugal”, publicado na quarta-feira no “Journal of Vertebrate Paleontology”, a que a agência Lusa teve acesso esta sexta-feira» («Revelada nova espécie de dinossauro na Lourinhã. Chama-se Oceanotitan dantasi», TSF, 17.05.2019, 16h05).

      Sim, o clado dos Macronários — ou os nossos lexicógrafos preferem Macronaria? O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora também não regista clado. Quando se fala de dinossauros, dá jeito, não acham?

 

[Texto 11 376]

Léxico: «sino-americano | sino-coreano»

Há mais

 

      «O arquiteto sino-americano Ieoh Ming Pei [n. 1917], criador de vários edifícios emblemáticos, como a Pirâmide do Louvre, em Paris, ou o Banco da China, em Hong Kong, morreu esta quinta-feira, aos 102 anos» («Criador da pirâmide do Louvre morre aos 102 anos», Rádio Renascença, 17.05.2019, 00h39).

      Claro que se compreende porque regista o dicionário da Porto Editora sino-japonês e sino-tibetano — não se percebe é porque acolhe apenas esses. Quase de certeza já vi mais vezes, ao longo da vida, sino-americano do que qualquer dos outros dois. E ainda ontem li que o sistema de escrita coreano é constituído por caracteres sino-coreanos. No mesmo sítio, a página da Internet do Instituto de Línguas da Universidade Nova de Lisboa, também li, o que não me parece correcto, que o alfabeto coreano é constituído por «palavras silabárias».

 

[Texto 11 375]

Léxico: «oposto»

No voleibol

 

    «O brasileiro Theo [Lopes], oposto brasileiro muito importante nas conquistas do voleibol do Benfica, renovou contrato com o clube por uma temporada» (Público, 17.05.2019, p. 50).

      Para mim, oposto era o que é totalmente diferente, inverso, contrário; também conhecia a acepção botânica, mas nada relacionado com o voleibol. Vejo agora que os nossos queridos lexicógrafos também o desconhecem, o que é mais grave, porque a sua actividade profissional está totalmente orientada para esse fim.

 

[Texto 11 374]