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Linguagista

Léxico: «diaconisa»

Não só na Igreja primitiva

 

      «Diaconisas na Igreja católica? Por agora, o Papa considera que, como disse aos jornalistas no regresso da sua viagem pastoral à Macedónia do Norte, não há condições para admitir mulheres no diaconado. [...] São João Paulo II já tinha negado, definitivamente, a ordenação presbiteral e episcopal de mulheres. Restava apenas saber se seria possível que, na Igreja católica, pudessem receber o diaconado, que é o primeiro grau do sacramento da Ordem» («Diaconisas na Igreja Católica?», P. Gonçalo Portocarrero de Almada, Observador, 18.05.2019, 00h03).

      Ainda bem que é um padre a escrevê-lo, porque, para a Porto Editora, diaconisa é ainda e apenas na «(Igreja primitiva) mulher virgem ou viúva que, por encargo oficial, se dedicava a obras de assistência e de caridade». Em contrapartida, sabe que o subdiaconado já foi extinto (assim como as chamadas ordens menores, graças à reforma empreendida por São Paulo VI [1897-1978]).

 

[Texto 11 384]

Léxico: «microrreserva»

Só no Alentejo

 

      «É a mais ameaçada das 13 espécies de cigarras que existem em Portugal. A Euryphara contentei, que nem nome comum definido tem — há quem lhe chame só cigarrinha, e há quem diga cigarrinha-verde, mas este, sendo nome de outra espécie, facilmente gera equívocos ­—, resiste apenas em alguns locais exíguos da planície alentejana. Uma vala perdida à beira da estrada, entre Estremoz e Sousel, um olival perto de Beringel, na mesma zona, dois ou três pontos dispersos, e muito restritos, no concelho de Ferreira do Alentejo. E é tudo. A solução para travar esse caminho, que parece inexorável se nada for feito, já ele a sugeriu em 2014, num artigo que publicou em coautoria com a bióloga Ana Paula Simões. “A solução”, diz [o entomólogo] José Alberto Quartau, “é a criação de microrreservas nos poucos locais onde ela ainda existe, para sua proteção”» («Só existe em dois ou três sítios do Alentejo. É a cigarra mais ameaçada», Filomena Naves, Diário de Notícias, 19.05.2019, 6h20).

 

[Texto 11 383]

Léxico: «colarinho | subcolarinho»

A taça explicada

 

      «Mais acima, no colarinho, temos o espaço dedicado ao Campeão, e, no subcolarinho, temos os vencedores, os clubes que foram campeões: “estão todos aqui gravados”. Depois, “vemos uma bola... que representa o núcleo, é o que faz girar tudo, é o centro do planeta”. Em redor, temos os sete castelos, que representam as conquistas de Portugal. “Por fim, vemos a forma de uns braços. São a glória. Quando um atleta chega à meta, levanta os braços. No fundo, representam todo o esforço, todos os meses de trabalho, para chegar ao fim e atingir a glória”» [explica Domingos Guedes, da Domingos Guedes, Lda., com sede em Gondomar (São Cosme), empresa responsável pela manufacturação de todas as taças da Federação Portuguesa de Futebol e Liga de Clubes] («Dez quilos de ouro e prata. Os segredos da taça que este ano é do Benfica», Teófilo Fernando, TSF, 18.05.2019, 20h47).

 

[Texto 11 382]