Registem pelo menos as portuguesas
«Em cada campanha, Resende começa sempre primeiro, com a fruta madura e disponível em meados de abril, abundam as variedades earlise, brooks, abrileira e rabicha, todas com ótima concentração de sabor e grande vocação culinária. Cerejas que se comem e ao mesmo tempo produzem, por assim dizer. Doçaria diversa, o próprio fruto confitado, e receituário clássico dão-lhes destino nobre. No momento de escolher, uns vão para as mais escuras pela riqueza em açúcar e sumo, outros contudo preferem as mais pálidas pelo equilíbrio entre doce e amargo. Importante é que o fruto esteja são, e isso percebe-se quando está ainda bem preso ao pedúnculo. [...] De Saco, napoleão-pé-comprido, morangão, espanhola, burlat, big windsor, hedelfingen, sunburst, summit, bigarreau tardif de vignola, sam, schneider, stark andy e stella são algumas das variedades que temos a pontear os pomares portugueses, nos quais as crianças adotam a árvore favorita, comem o fruto dela e brincam em família primeiro, mais tarde com amigos» («Cerejas: a origem, a história e as regiões de proveniência em Portugal. Um Ensaio de Fernando Melo», «DN Ócio»/Diário de Notícias, 24.05.2019).
[Texto 11 557]