Uma lição em escassas linhas
«No entanto, o lugar de Alan Turing na história do Reino Unido não foi sempre de reconhecimento e homenagem. Pese embora tenha sido Turing a chefiar a Hut 8, seção [sic] da inteligência britânica responsável, em Bletchley Park, pela criptoanálise da máquina “Enigma” e, por conseguinte, de toda a frota naval alemã – o que contribuiu de sobremaneira [sic] para a vitória dos Aliados sobre os países do Eixo –, a verdade é que, após o final da Guerra, o agora reconhecido “herói” foi perseguido e condenado pela justiça britânica» («Alan Turing, génio matemático e herói da II Guerra, vai figurar na nova nota de 50 libras», Tiago Palma, Rádio Renascença, 15.07.2019, 14h44).
O dicionário da Porto Editora acolhe uma acepção de aliado mais genérica: «grupos ou Estados que se associam para se apoiarem mutuamente na concretização de objectivos comuns». Dada a sua importância histórica, não estaria mal que registasse esta acepção específica, grafada com maiúscula inicial, Aliados. O que, a meu ver, obrigaria a registar igualmente uma acepção em eixo especificamente sobre as potências do Eixo, os países (Alemanha, Itália e Japão) que se juntaram para combater os Aliados. Em poucas linhas, seria uma preciosa informação para quem não sabe ou para quem quer confirmar.
[Texto 11 781]