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Linguagista

Léxico: «quimera»

Os tais esquecimentos

 

    «A equipa do investigador Juan Carlos Izpsisúa [sic] modificou geneticamente embriões de macaco, de forma desativar a formação dos órgãos, e depois injetou-lhes células estaminais humanas, que dão origem às células de todos os outros tecidos, para estudar o processo de formação dos órgãos. A ideia foi dar um passo mais no estudo da formação dos órgãos, com vista à possibilidade de, no futuro, gerar novos órgãos para transplante, segundo noticia o El País. A gestação da quimera, assim chamada numa alusão aos seres monstruosos que eram uma mistura de partes de animais na mitologia grega, não avançou, pelo que não houve nascimento do ser híbrido» («China. Cientistas espanhóis criaram embrião de homem e macaco», Diário de Notícias, 31.07.2019, 21h22).

      No dicionário da Porto Editora, só temos quimerismo: «BIOLOGIA existência, num mesmo organismo, de tecidos ou grupos celulares com origem genética distinta». Estranhamente, quimera só aparece registado num domínio diferente: «BOTÂNICA organismo vegetal, misto, constituído por tecidos diferentes». Isto, evidentemente, não devia acontecer.

 

[Texto 11 876]