Léxico: «vlogue»
Talvez nunca
«Boram fez fortuna através dos dois canais que tem no YouTube: um em que apresenta críticas a brinquedos e outro em que publica ‘vlogs’, vídeos que documentam o seu dia a dia com uma mestria que já a tornou rica» («Boram. Youtuber com seis anos compra casa de sete milhões», Jornal de Notícias, 2.08.2019, p. 37).
Como é muito menos usado, talvez os escribas indígenas nunca cheguem a ponderar que não há razão para não o aportuguesar, como aconteceu com «blogue». Alguns, de resto, julgando prestar um melhor serviço à língua, quando não à sua própria preguiça física e mental, escrevem «blog». Atroz. Embora haja escreventes de todas as classes, províncias, idades, seitas, sexos e todos os estágios de demência a escrever «blog», inclino-me a crer, na minha visão psicologista, que são os neofóbicos que mais o fazem.
[Texto 11 881]