Aproximações
«Alguns dos músculos que se perderam são os chamados “dorso-metacarpais” (entre o carpo e os dígitos) na mão, que desapareceram dos nossos antepassados adultos há mais de 250 milhões de anos durante a transição dos répteis para os mamíferos» («Músculos perdidos há 250 milhões de anos ainda se formam nos embriões humanos», Teresa Sofia Serafim, Público, 1.10.2019, 12h41). «Segundo os resultados da investigação, alguns dos músculos das mãos e pés que já não existem quando nasce a criança, mas que são visíveis nos fetos, como os ‘dorsometacarpales’ (entre o carpo e os dígitos), foram perdidos na evolução dos ancestrais adultos há mais de 250 milhões de anos, nas transições que levaram ao aparecimento dos mamíferos» («Cientistas descobrem músculos nos embriões que desaparecem após o nascimento», TSF, 1.10.2019, 11h57).
Num caso, tentaram dizê-lo (com péssimo resultado) em português; no outro, nem isso. É muito simples: não falamos, por exemplo, em ossos metacarpianos ou metacárpicos? Então, será dorsometacarpiano ou dorsometacárpico. Bom seria que os lexicógrafos atentassem nestas lacunas e dificuldades dos próprios jornalistas.
[Texto 12 092]