Mas isso não acontece
«Chegados ao destino – equipados com um fato de neoprene, colete salva-vidas e capacete de segurança – instalou-se o nervoso miudinho à medida que era feito o briefing da actividade. Receosos, mas com bravura, lá transportámos o bote insuflável da empresa Melgaço Radical até às margens do rio Minho» («Nos rápidos do rio Minho, o rafting é uma aventura», Teresa David, «Fugas»/Público, 17.06.2019, 18h14).
O dicionário da Porto Editora regista apenas o aportuguesamento neopreno: «QUÍMICA variedade de borracha sintética incombustível, constituída por polímeros do cloropreno, mais resistente aos dissolventes orgânicos do que a borracha natural». Não se devia acrescentar que é usado em fatos de surfe (obrigado, Jack O’Neill), fatos de mergulho, e, enfim, para diversos desportos? Ultimamente, pelas suas qualidades, até passou a usar-se em roupa feminina. Evidentemente, o ideal era todos usarem apenas o termo aportuguesado — mas isso não acontece, e até se corre o risco de o leitor não encontrar (é o risco num dicionário digital, daí a importância das remissões) o que procura.
[Texto 12 183]