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Linguagista

Léxico: «tintinabular»

Mal preparada

 

      «Na ponta da empena corre o muro — o templo da montanha relativamente próximo. Será de um pequeno sino, e é nele que ouvimos o tintinabular do trânsito, muito, muito ao longe. Em 1968, tinham reaparecido sob o viaduto os mesmos sinais ambulantes» (A Cidade de Cobre: relatos, Gil de Carvalho. Lisboa: Cotovia, 2001, pp. 207-8).

      Parece que a palavra do dia foi muito mal preparada... Na Infopédia diz-se que é «titinabular», clicamos e, como previsto, levamos com isto: «Queria pesquisar tintinabular?» Eu não queria, tu é que querias. A única forma é tintinabular, que vem do latim, língua em que se formara de uma onomatopeia e na qual também existia o vocábulo tintinnabulum, «sino, campainha».

 

[Texto 12 550]

Léxico: «tartaruga-oliva | tartaruga-cabeçuda»

Em quatro, duas

 

      «Foi caçar tartarugas, abundantes perto de Com, a sua aldeia natal (tartaruga-de-couro, tartaruga-cabeçuda, tartaruga-de-pente e tartaruga-oliva), que este homem quarentão, alto e franzino, um longo pescoço e uma bandana vermelha atada à cabeça, se tornou mestre na arte da pesca com arpão» («Harmonia entre homens e peixes», Peter Guest. Tradução de Maria Alves. Courrier Internacional, Setembro de 2019, p. 26). Não está totalmente mau: só não tens a tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e a tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), que é outro nome por que é conhecida a tartaruga-comum, que já registas.

      A propósito de animais, ontem vi aqui perto de casa, em Lisboa, pela primeira vez, um pilrito-de-bico-comprido, que consegui fotografar. Sim, é uma ave limícola, mas também as gaivotas vêm do Tejo muitas vezes aqui.

 

[Texto 12 549]

Léxico: «antipodiano»

Tens um sinónimo

 

      «Numa carta de 1944 a Max Born, Einstein resumiu bem a essência do seu conflito com este novo ramo da ciência: “Temos de nos tornar antipodianos nas nossas expetativas científicas. Você acredita no Deus que joga aos dados e eu numa lei e numa ordem completa num mundo que existe objetivamente”» (Pensar como Einstein, Daniel Smith. Tradução de Rita Canas Mendes. Amadora: Vogais, 2015, p. 159).

      Vá, fiquem com estas enquanto eu tento sair aqui da Portela de Sintra. Amanhã falamos.

 

[Texto 12 548]

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