Ora aí está
«Mas a palavra piscina não significa tão-só viveiro de peixes. Assim, a famosa Lagoa Escura da Serra da Estrela é uma piscina ou aquário, como piscina é a pateira de Fermentelos. Não se me afigura, pois, abuso vocabular a denominação de piscina aplicada ao reservatório onde se pratica e se ensina natação» (Sílvio Lima e o Desporto, Pedro Falcão. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2010, p. 139).
Isto é tanto mais interessante que no verbete de piscina no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora não há — excepto na nótula etimológica — nenhuma referência a peixes. Isto, que é um erro, nem é o pior nem o motivo principal para citar o excerto: a transcrição fonética de pateira naquele dicionário está errada. Não é, como indicam, pɐˈtɐjrɐ, mas sim paˈtɐjrɐ. Em abono do que afirmo, veja-se que dantes a palavra até era acentuada graficamente, «pàteira».
[Texto 14 066]