Léxico: «Português-Azul»
Viu-as, vindimou-as
«Mas era a vinha a sua pedra de armas. Recebeu-a bem tratada, e à primeira colheita achou-se rico. Cada cacho de “português azul” era um beijo de amante que retribuía com carícias no lombo pedregoso da terra» (As Relações Humanas, Vol. 2, Agustina Bessa-Luís. Lisboa: Guimarães Editores, 1964, p. 110).
É Português-Azul que se deve escrever (a casta aparece descrita no sítio da Infovini – Vinhos de Portugal). Embora se diga que é uma casta que não chega à vindima com uvas porque as roubam, a verdade é que um leitor do Linguagista se lembra delas nas vindimas na comuna de Olonzac, no Sul de França, nas décadas de 80 e 90. Como já terão adivinhado, não encontramos o termo em nenhum dicionário.
[Texto 14 523]