Vejamos com o mesmo verbo
«Annie Cohen Kopchovsky imigrou com os seus pais para os Estados Unidos em 1875. Aí, tornou-se cidadã americana aos cinco anos. Mas [sic] tarde, aspirou ser jornalista, faz-se promotora de marcas, perdeu os pais em 1887, casou com um judeu ortodoxo, teve três filhos e ganhou a imortalidade ao conquistar o título de primeira mulher a completar uma volta ao mundo em bicicleta» («Annie Londonderry, a ciclista do século XIX que deu a volta ao mundo», Jorge Andrade, Diário de Notícias, 4.01.2021, p. 10).
Ah, a regência verbal... Não, Jorge Andrade, não é como escreveu. No sentido de «ter por objectivo, pretender», é obrigatória a preposição: «aspirou a ser jornalista». «Começaram os monarcas a ser homens; e logo que um só homem podia muito nas monarquias, como dizia Pombal, também se poderá dizer que esta única mudança era bastante para fazer ruínas uma monarquia de bronze: — é porque um rei ambiciona ser bom rei; e um particular aspira a ser monarca» (Delitos de Mocidade, in Obras, Vol. 38, Camilo Castelo Branco. Lisboa: Parceria A. M. Pereira, 1973, p. 118).
[Texto 14 568]