Não é uma coisa extraordinária
«Francisco Seixas da Costa, que foi embaixador em França entre 2009 e 2013, mostra-se “muito preocupado” com a subida de Le Pen nas sondagens. “Não estamos diante de um remake automático das eleições anteriores, onde Macron era o fator novidade diante do arraso total dos partidos tradicionais, à esquerda e à direita”, disse ao DN» («Le Pen à frente de Macron. Irá estilhaçar o “teto de vidro”?», Susana Salvador, Diário de Notícias, 5.02.2021, p. 22).
Do lado de cá do Atlântico, parece que todos os dicionaristas se esqueceram de registar este arraso, acção ou efeito de arrasar, de destruir. O dicionário da Porto Editora apenas acolhe o arraso brasileiro, «1. popular pessoa ou coisa extraordinária, espantosa, fantástica; 2. popular grande sucesso». Sim, coisa espantosa.
[Texto 14 668]