É estar de olhos abertos
É claro que não estou a inventar. Estou, como sempre, atento ao uso da língua e ao léxico. «Na semana passada, os vereadores do PCP enviaram um comunicado em que revelam a sua oposição ao projecto, dizendo ter sido o único partido do executivo que votou contra a proposta, “por entender que não é a solução adequada para a freguesia e a cidade”. Para João Ferreira e Ana Jara, “esta unidade de execução quer construir mais um condomínio privado, inacessível para a maioria dos ajudenses e que pouco contribui para a dinamização da vida da freguesia, demolindo instalações de associações e casas de habitação, levantando uma barreira de betão na Bica do Marquês que transformará a vivência dos actuais moradores daquela zona e não garantindo o que efectivamente é preciso na Ajuda: habitação a custos acessíveis e espaços verdes para todos”» («Já há planos para terrenos abandonados junto ao Palácio da Ajuda», Cristiana Faria Moreira, Público, 18.04.2021, p. 17).
«Queria pesquisar abadense, abidense, aguedense, ajudante, arrudense, soudense, tabudense, tudense?» Não tens ajudense, Porto Editora? Então e abrigadense, avelarense, bajouquense, carapinheirense, guiense, maniquense (de Manique de Baixo), marmeleirense, moçarriense, pevidense, pontevelense, sernachense, sobredense, trafariense, vidigalense?
[Texto 14 986]